Análise: High School DxD BorN - Ep. 8/9

Cover Analise 08-09
A verdade toda é que apesar de algumas pessoas reclamarem da forma que a história evolui na light novel (peitos por todos os lados), o volume 6 é um dos melhores volumes, em questão de drama, até onde a terceira temporada irá cobrir. Ou seja, do volume 5 ao 7, o 6 é um dos melhores, com o 5 logo ao lado e o 7 bem atrás.

Eu realmente esperava um conjunto de episódios melhores, não só em questão de fidelidade, mas em questão de desenvoltura, pois a temporada já está com momentos de “vai e volta” por conta de mudanças anteriores, então eu esperava um roteiro mais bem bolado para fechar as pontas soltas, além dá já mencionada fidelidade, mas pelo visto teremos essas pontas fechadas na luta final, ou não. A pergunta que fica agora é: “Como serão tratadas?”.

Quando o grupo é separado para lutar contra as servas de Diodora... Sim, na light novel o grupo não é notoriamente “separado”, mas entendo o fato de fazê-lo, já que assim se consegue tempo para mais coisas. Mas voltando a ideia original...
Eu esperava mais da participação da Xenovia. Aquele canhão de poder foi simplesmente ridículo e parece mais um ataque de energia do Vegeta. Preferia vê-la balançando as espadas, que é a ideia original da light novel e bem... também é a ideia de qualquer espada, diga-se de passagem. Um fator interessante que a light novel usa, é mostrar como a Durandal não responde bem a Xenovia e que por isso ela muda a forma como passa a empunhar a mesma. Não faz falta, você diz? Claro que não, mas se temos tempo para gastar com bobagens a mais, essa era uma que fazia mais sentido e explicava acontecimentos futuros com a Durandal.
Outro ponto ruim dessas lutas foi ver a Rias e a Akeno terem uma “dificuldade” com o grupo que enfrentavam. Claro que uma mudança era necessária, já que as lutas foram conjuntas e não sequenciais, mas, por favor, um pouco de nexo ao fazerem as cenas é bem vindo. Nesse momento não era necessário ter se apegado tanto a light novel, e aí é que se vê a diferença de cuidados entre adaptar algo e mudar algo. Tentaram usar uma ideia parecida com o escudo que a Sona possui no volume 5 e, no final, como não houve esse Rating Game, ficou só um modo sem sentido. Por falar em nexo, a apresentação do Bilingual foi sem graça e no fim, não há motivos para o Issei não usá-la a qualquer momento, já que a técnica é proibida por ser usada no Rating Game da Sona. Vão proibir agora por quê? Só porque salvou os demônios? Sem nexo... Se não proibirem, vira feira livre e o caos está imposto. E, sério, se você achou graça nessa forma, leia a light novel, pois isso aí foi... Deprimente. Além de eu quase querer ir espancar a Funimation ao chamarem de Booblingual (e por consequência a tradução virar Peitoguês). A sacada é boa, admito, e até estaria tranquilo se soubesse que isso ficaria só na legenda, mas me faz querer chorar em pensar que alguém vai dublar dessa forma e não vou ouvir ele claramente dizer: BILINGUAL! Sério, alguém é mais pervertido que o próprio autor. Mas esperar o que da Funimation e sua “Orphis”.

Quem aqui estava torcendo desde a primeira temporada pela morte do Freed? Só eu? Pois bem, finalmente ela acontece e devo dizer que gostei da expressão que o Kiba faz, finalmente parecendo parte do lado masculino do grupo. No mais, pelo menos uma cena que não deturparam de forma estúpida e deixaram ele até mesmo dar o golpe de misericórdia, uma cena que pouco se vê em animês deste estilo.

Finalmente o encontro chave desse episódio e... Bem... Sério, eu poderia chamar ele de bom, mas ao mesmo tempo posso chamá-lo de porco, mal explicado, mal estruturado e ainda por cima, falho.
As frases que o Issei utiliza na light novel são bem mais amedrontadoras, mostrando o como ele pode ser cruel quando perde a razão. No animê, é uma distribuição de joga pra lá, joga pra cá, que faz o Diodora parecer uma bolinha de tênis. Tem uma diferença entre ação e palhaçada. Falando em crueldade, a cena onde a Xenovia resolve que seria melhor dar “cabo” do Diodora de uma vez por todas foi simplesmente arrancada. Alguns reclamam da minha reclamação sobre a falta de fidelidade com a light novel e eu até tenho deixado VÁRIOS problemas passarem para não reclamar mais que o necessário e por outras pessoas na internet apontarem as que não são apontadas aqui, mas isso é algo que eu acho o cúmulo faltar, mas... Fazer o que, acham mais importante gastar tempo em cenas bem mais desnecessárias durante as lutas.
No fim, ninguém explica sobre a Dimension Lost que cria essas “amarras” na Asia, mas quem liga já pra isso. Além do mais, ninguém liga para o motivo da Asia estar ali. Ah, claro, não tem nem porque ligar, já que a Asia está ali para ser usada como arma usando o “inverter” na habilidade de cura dela. Inverter? Pois é, algo que só existe na light novel, durante o Rating Game contra a Sona, que também está somente na light novel. Esse é o resultado de tantas pontas soltas. Pontas soltas que tornam o rapto da Asia um simples: “Ah, eu queria, pronto.”. Deprimente tal atitude por parte da “produção” do animê, que conseguiu, aí sim, tornar a cena um simples ponto para usar o Dress Break, sem a notoriedade toda que a light novel dá. E, como se não bastasse isso, largar a Dimension Lost para ser explicada em outro momento, pois a mesma tem obrigação de ser apresentada. Seja nessa ou em uma próxima temporada.

Com tudo resolvido e a Asia rezando, eis que partimos para o motivo pelo qual essa temporada realmente existe. Shalba Belzebu aparece e toma a autoria pela “morte” da Asia. Para matar Diodora, Shalba usa poder da luz e deveria existir uma explicação para esse motivo, já que ele simplesmente usa um ataque de longa distância que nem é visto chegando até o Diodora e que demônios não poderiam usar a torto e a direito.
Devo dizer que apesar do estilo do ataque da Xenovia me lembrar animês que via quando era criança, o ataque dela me animou bastante, deixando preparado para o ápice do episódio. Apesar de o momento que o Issei entra em fúria ser algo BEM mal feito, a transformação em si ficou excelente. Deu o clima que eu esperava quando li a light novel e fiquei pensando: “Isso animado......!!!”.

Agora, façamos uma pausa sobre isso para ir aos acontecimentos paralelos. Creuserey aparece contra Azazel, e Sirzechs aparece para tomar partido da luta. Sirzechs da light novel é bem diplomata, tentando a todo custo fazê-lo ter algum juízo e ao fim, sem escolha, acaba usando os “meios” necessários. Nesse ponto, gostei do Sirzechs do animê, que por falta de tempo para cenas extras, tomou um buff (aumento de poder) tremendo no animê, acabando com Creuserey com um golpe apenas e sem conversa. Sirzechs, o temível!

Voltando ao Juggernaut Drive (que não é nada parecido com o da abertura e agradeço muito por isso), a luta contra o Shalba foi levada nas coxas. Sim, segue a light novel, mas alguém esqueceu de explicar o que é dar “impacto” a cena. Como tantas, durante essa temporada, falta empenho em deixar as cenas com menor “superficialidade”, sendo corrida e, apesar de o episódio ter uma boa escolha de trilha sonora, esse momento acaba ficando a desejar. Mesmo assim, como pontos a favor, fico grato por terem tirado o “canhão” de dentro da boca do Issei e manterem a tensão de quando ele ativa o Longinus Smasher.

Agora, eu já comentei sobre o fato de alguns não gostarem que o ecchi leve as lutas de DxD, que isso corta o clima e que a mudança do animê foi excelente, muito melhor do que a música... mas, o poder do “amor”, ou do “coração”, ou da “amizade” tudo bem? Sério. É simplesmente escroto. A vida não é algo bonitinho, parem de querer ver conto de fadas em tudo que assistem. DxD não é Fairy Tail com seu shounen clássico.
Claro que já havia sido deixada a dica sobre o que a Rias falou no episódio 7. O Issei só gravará a música DEPOIS desse Rating Game, então seria impossível ele sair com a música, mas ainda assim... Lastimável. Fico triste em pensar que uma cena como essa é estragada porque algumas pessoas conseguem não entender o propósito de DxD e preferem a velha fórmula Disney, a qual até mesmo a Disney tem dado fim nos últimos tempos.
O Vali entrar no Juggernaut Drive daquela forma foi, sei lá. Entediante; acho que é a melhor palavra. Sem contar a Rias, que tomou uma patada, não teve um arranhão, mas ficou metade do episódio com os peitos de fora.

Com a base explicada, vamos aos pormenores.

Durante a semana, li diversas besteiras pela internet e isso me deixa até pensando: “Como as pessoas têm mente fértil.”. Gente falando que a Asia teria sido transformada em anjo como a Irina, que o Issei ia ganharia a habilidade de todas Sacred Gears que apareceram até agora, que eles iriam lutar com um dragão gigante (Great Red?)... Enfim, eu acho que a versão da light novel que eu leio é diferente da que os outros “fãs” que se encontram pela internet leem.

As notas que o episódio tem recebido pela internet a fora foram em suma de boas a ruins, então esse combo de episódios variou do ruim ao bom (raciocínio meu óbvio, não acham? Dã). Entendo os dois lados. Enquanto DxD toma forma da light novel e segue os preceitos de coesão, o animê parece mal definido e estragado pela qualidade extremamente baixa de produção. A própria luta contra o Shalba é um exemplo vivo, já que a luta trabalha com diversas cenas estáticas de zoom-out e cortes de movimentação, deixando a luta sem fluidez e tirando o clima. Posso não ser o expert em animês que alguns procuram ou que se auto clamam nos comentários, mas mesmo assim, é fácil ver a falta de vontade da equipe em gastar seus esforços em algo realmente necessário. Seja como for a luta final da temporada, a entrada no Juggernaut Drive pela primeira vez era o ápice desses volumes. Mesmo com outra possível entrada, já não possui o mesmo clima.
O episódio 9 era o típico episódio que necessitava ter sido apresentado sem a introdução. São 1:30 que poderiam ter sido utilizados em algo mais útil, como fazer o Ddraig falar de forma mais pausada com o Shalba, ou então ter aplicado na própria luta entre o Issei e o Shalba. Além disso, é tanto tempo em cenas de animê shounen inseridas para atrair outro tipo de público, que ao final da temporada daria espaço para um episódio inteiro.
Apresentar o JD vs JD aqui é como dizer: “Aqui está o que pediram, agora chega de choro. Ué? Não gostou? Foda-se.”. A falta de qualidade no desenho do JD do Vali e a falta de estrutura para o encantamento só fazem parecer feito às presas e sem planejamento. Falta de tempo alguns vão dizer, mas como já citei acima, basta saber otimizar o tempo dado.
As serpentes foram usadas como símbolos nas mãos mas sem uma grande apresentação. Já Ophis, parece ter ficado com o que estava “dentro” do Issei, que mais provável seria a maldição que Loki liberou. Realmente espero uma explicação mais bem feita e que seja algo a mais, pois dessa forma é ambígua, e para mim, como tradutor e leitor da obra, faz o real motivo para o Issei entrar no JD ser manchado.
Em resumo, os 2 episódios não caem por terra não ao apontar as trocas com a light novel e sim em pensar nas diversas banalidades apresentadas no episódio, em conjunto com uma animação muito longe da prometida para as lutas.

Os próximos episódios provavelmente vão englobar algumas coisas da light novel, mas prepare-se para ver provavelmente uma história criada propriamente para o animê, já que os acontecimentos não deixam espaço para ser uma história totalmente da light novel. Resta ver o que nos aguarda nos próximos 3 episódios.

Loki está por aí, criando sua intriguinha de criança de 3 anos e planeja voltar. Qual será o estado que o Issei se encontra no momento? Será que finalmente veremos a corrida de 3 pernas? E a ida ao estúdio, está de pé?

Notas:

História: 4.5/5
Animação: 2.5/5
Luta: 3/5
Fanservice: 4.5/5

Nota Geral: 3.62/5


Espero que tenham gostado desta análise. Caso não tenham gostado, digam o que acreditam que deve melhorar que na medida do possível tento (mas não esperem muito de um amador como eu, pois somente fiz isto por pedidos).

Além disso, se chegou até aqui lendo, também vai encontrar a informação de que o Vida.6 do Volume 08 está disponível para leitura e download aqui no site. Como sempre, basta seguir os links ou o menu, na área de projetos.





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