Opiniões Temporada de Inverno 2016


Aí está uma temporada que não costuma fazer meu gosto.
Normalmente, são lançamentos bem sem sal e com pouca trama que te fará lembrar pelo resto da vida da obra. Felizmente, me surpreendi com alguns, mas ao mesmo tempo, me decepcionei com outros.

A lista apesar de programada para ser curta, foi longa. Será que alguém lerá essa palhaçada toda até o final? Oo
Por via das dúvidas, deixarei as explicações básicas no início desta vez:
Essas opiniões são somente baseadas no anime, sem base na história de outra fonte. Então foco somente no que o anime proporcionou. A opinião dos animes pode variar de pessoa para pessoa. Esta é a minha tentando ser o mais analítico possível, mas obviamente com meus gostos também.
Veja que as notas variam de 0 até 5, variando em uma escala de .25 em .25. Ex: 2.25, 2.5, 2.75... Obviamente, quanto mais perto de 5, melhor.
As notas são baseadas em vários fatores, como: Enredo, personagens, música de fundo, qualidade visual, lógica, entretenimento, e outros fatores. Por isso, é uma nota geral.
Fique à vontade de ter opinião contrária, mas mantenha o respeito e seja embasado. Não há "por que eu gosto e pronto".
Sendo assim, cuidado, pois a lista é longa... E vamos ao que interessa.



Ajin 
Sinopse: Para o aluno do ensino médio, Nagai Kei, e para pelo menos outros 46 indivíduos pelo mundo, a imortalidade foi a pior bênção possível.
Infelizmente, para Kei, este feito não o torna um herói. Aos olhos da  opinião pública da maioria e de governamentais, ele é um espécime raro que precisa ser caçado e entregue aos cientistas para servir como cobaia. Uma cobaia que precisa morrer o quanto for necessário, para o benefício da humanidade.

“Parece Tokyo Ghoul”.... É... não? Tokyo Ghoul é Tokyo Ghoul, Ajin é Ajin. Se em dois filmes, a pessoa cair de uma árvore e o resto da história se tornar diferente, não significará que eles são parecidos. Esse é meu ponto de vista principal sobre a opinião que deram da obra pela internet logo quando saiu.
Ajin tem uma trama interessante, leve e boa de assistir. Os episódios passam depressa, mas sem muitos atropelos. A falta de escrúpulos do personagem principal é algo meio deslocado, mas se colocarmos ele como um anti-herói, até que passa. Ele é visto como lógico por vários, mas está longe de ser lógico. Sendo conhecido como Ajin, sua imagem apareceria na televisão, já que ele acabara de fugir. O anime fez questão de simplesmente pararem a procura por foragidos. Em casos de crime desse tipo, não haveria essa parada, então, foi só o contexto do anime agindo para não o pegarem antes. A forma que ele é emboscado no último episódio, só torna a identificação dele como um “autoconfiante inteligente” mais fácil. Ele consegue ter raciocínios lógicos, mas falha ao ser guiado pela sua autoconfiança.
Realmente não conheço a obra original (e nem mesmo é o foco dessas análises “rápidas”), mas confesso que fico interessado em saber como isso tudo terminará, afinal, a humanidade não vai simplesmente ficar boazinha com os Ajins e ele é basicamente conhecido como sendo essa criatura. Adeus liberdade.
Um grande ponto negativo para Ajin, é basicamente o CG completo. Pode parecer impressionante quando olhado em um primeiro momento e o próximo ponto em evolução na animação, mas volte nos episódios, preste melhor atenção, tente ser “analítico”. O anime não é de ação, mas sim de suspense, logo, cada movimentação atrai seus olhos por não ter outra coisa em se focar, fazendo visível a movimentação robótica, a falta de sutileza ao balançar o corpo, a perda de forma dos rostos em diversas vezes pela má angulação de sombra neles... E POR DEUS, ONDE EU COMPRO A PROFUNDIDADE PARA OS OLHOS? Veja aqui. Como podem ver, não é uma simples “reclamação”, mas sim notar que não ficou agradável. Usar o CG por completo, ou seja, até mesmo no cenário, agravou isso.
No final, aconselho a obra para aqueles que querem uma história de boa evolução e até certo ponto interessante, já que ela demonstra ter mais para dar. Mas, já deixo dito, que terá que se acostumar, e muito, com a animação.
Nota Geral: 4.25/5


Ao no Kanata no Four Rhythm
Sinopse: Ao extremo sul do oriente, um arquipélago de quatro ilhas conta a história de um local extremamente diferente do mundo que conhecemos. Ao ser descoberto as partículas de "anti-gravitons", sapatos que permitem as pessoas voarem foram desenvolvidos. Com isso, um novo tipo de esporte também ganha vida, conhecido como "Flying Circurs". A história se resume ao redor de um pequeno grupo guiados pela vontade de Asuka Kurashina em voar e se divertir.


A obra é boba, mas terrivelmente gostosa de assistir... Desde que você não pense muito. É a típica obra para você ver com sono, onde você já não dá muita bola pra história e só quer algo pra passar o tempo.
Visual aceitável, com bom uso de CGs em alguns momentos dos voos, torna o anime bom de se ver, mas, infelizmente, não são o suficiente para tapar o sol com a peneira. A lógica do anime vai além do precipício e se joga fundo. No anime, os personagens possuem sapatos antigravidade, mas, por que raios é preciso “decolar” e “pousar” em pontos específicos? Em momento algum aquilo tem uma lógica aplicada, visto que os personagens também simplesmente saem voando de pontos aleatórios. Quem liga pra lógica, certo?
A personagem principal (não há como vê-la como heroína da obra. Precisa-se parar de seguir o “caminho do herói” para definir isso...) tem a voz mais incômoda que meus ouvidos já presenciaram, e, como se isso não bastasse, ela é irritante. Todas as personagens tem uma história “passada” com o personagem masculino da obra, mas isso acaba sendo, particularmente, muito mal trabalhado. No fim, parece que faltou espaço pra jogar o conteúdo da Visual Novel, que por sinal, só a prévia que vi dela, já me deu mais ânimo que o anime inteiro.
Nota Geral: 1.75/5


Boku Dake da Inai Machi
Sinopse: Satoru Fujinuma é um mangaká de 29 anos de idade em ascensão. Mas esta não é a única dificuldade dele. Ele possui uma habilidade especial em que é forçado a prevenir problemas sendo enviado de volta no tempo pouco antes deles acontecerem. Um dia, um destes incidentes acaba o tornando o principal culpado e o levando novamente até sua infância, onde uma vez um assassinato em série houvera acontecido.


Aí está o meu hype da temporada. Boku dake começa MUITO bem, de uma forma MUITO agradável. Apresentar o personagem voltando ao passado logo de cara foi definitivamente a melhor jogada, assim, não ficamos 100% focados no “futuro” e sim nos fatos ocorridos.
Se fosse para definir a parte visual, o anime não fede nem cheira. É bem feito, mas também tem errinhos faciais por todos os episódios, então simplesmente me deixei levar e nem prestei muita atenção no decorrer da obra. Afinal, o importante aqui era o enredo, no maior estilo “efeito borboleta”. Quem disser que a obra não se parece em nada, está matando a história do filme e dos outros que o antecederam (já que diversas ideias do filme não são nem mesmo dele, e sim, cópias de outras obras). Ou seja, se você gostou do filme, tem grandes chances de ficar animado desde o início. Tudo no início te faz ficar vidrado em saber como será o próximo episódio e o que acontecerá no final.
Até que você nota que o mundo é cruel, sem graça e previsível. Esse tipo de obra é aquela que me faz ter teorias, ter opções. Ou seja, pensar. Pobre infeliz que fui quando o anime foi estupidamente óbvio e previsível, parecendo uma comédia ecchi, onde desde o episódio 1 você já sabe a resposta. Toda minha boa impressão da obra foi jogada ao ralo com a obviedade dela, demonstrando que tudo que foi construído poderia ser desfeito. Dar dicas e deixar o suspense é sempre ótimo, mas jogar a resposta óbvia e não tentar nada para dificultar isso é estupido. O final do anime QUASE conseguiu me fazer dar uma das piores notas da minha vida para um anime, já que o Satoru resolve seu “problema” de forma teatral até para uma criança (e não vou entrar aqui em questão temporal sobre se ele deve ser considerado tendo uma mentalidade infantil ou adulta, já que nem o anime se preocupou com isso durante as voltas dele...). O único mérito da parte final da obra foi a cena final, pois iria ficar extremamente irritado se tivessem deixado de lado toda a existência da Airi...
Nota geral: 3.25/5


Bubuki Buranki
Sinopse: Ao voltar ao Japão após 10 anos, Azuma Kazuki é confrontado por um grupo armado, sendo salvo por uma amiga de infância e seu misteriosa arma de consciência própria, conhecida como Bubuki. Também como um usuário Bubuki, Azuma Kazuki parte em uma jornada com um grupo de outros portadores de Bubuki para trazer Oubu, um gigante conhecido como Buranki, de volta à vida.



Esse sim foi um anime que vi sem vontade. Pensei que seria uma brincadeira de mechas chata e sem grande história, mas até que me dividi ao ver a obra.
O anime não é magnífico, longe disso, mas até que agrada bastante com a trama contada pela metade. O uso de CG é bom, exatamente onde Ajin deveria aprender, já que não é por completo, dando algumas engasgadas em algumas cenas, mas deixando as lutas fluidas.
Realmente alguns pontos do anime são banais e você se pergunta por que de tanta enrolação, mas a obra segue em sua passada, explicando os acontecimentos até “certo ponto”, deixando você seguir o fluxo.
Apesar disso, o último episódio é uma confusão sem tamanho. Grande parte da explicação que faltava é jogada somente agora e, até o presente momento, ainda estou tentando entender o que foi o último episódio e como deixam terminar daquela forma. Deixo dito aqui que haverá uma segunda temporada, que até mesmo já está confirmada, mas, mesmo assim, não é um bom motivo para deixar o final do anime assim. Realmente espero desfechos de propósitos na segunda temporada, que, apesar dos pesares, a obra me tentou a ver.
Nota geral: 3.5/5


Dimension W
Sinopse: Em um futuro, a humanidade conseguiu o impossível, achando uma fonte infinita de energia e escalando o mundo para um novo patamar com a descoberta da Dimensão W.
Em 2071, bobinas reguladoras desta energia estão por toda parte do mundo, regidas por uma única empresa. Ainda assim, bobinas ilegais existem e aí entra nosso personagem, Mabuchi Kyouma, um coletor destas bobinas e que possui aversão à elas.


Começo falando que falar que os eixos X, Y e Z são dimensões começou deixando a obra já meio viajada. Quando colocou a existência da dimensão W e que dela viria energia infinita viajou mais um pouco, mas tudo bem, afinal, a maior parte dos animes viaja nos parafusos da vida.
Visualmente, até que fica na média, com pouco uso de modelagem 3D, mas a música de fundo é bem depreciativa na obra em si. Alguns momentos eu só quero me perguntar qual o motivo daquela música ao fundo. Durante os primeiros episódios, o uso de músicas era bem menor, me agradando muito mais.
No quesito história, o anime evolui como começou, uma viagem sem fim. Os problemas que envolvem a Dimensão W são “emoções”, “possibilidade”... É tanta coisa sem nexo, que chego a me perguntar como terminei a obra. Apesar disso, a história base, que seria o motivo pelo qual o Kyouma não gosta das bobinas, é aconchegante, fazendo até não me arrepender tanto por ter visto a obra até o fim. Ainda assim, o anime não será uma obra pra guardar pelo resto da vida.
Nota geral: 2.5/5



Gate - Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri
Sinopse: Itami Youji é um soldado reservista e também um otaku, pego em meio à uma confusão quando a abertura de um portão ligando o Japão e um mundo desconhecido acontece. Passado o evento, Itami é designado junto de outros soldados para deixar o mundo que conhecem e partirem em uma expedição para ganharem a confiança da população deste outro mundo e assim criar uma trégua com o império que domina este mundo. Mas ao outro lado deste mundo, mais aventuras do que simples laços diplomáticos os esperam.

Sei que a obra não começou necessariamente nesta temporada, tanto que ela não será exceção nas considerações de hoje, mas vamos ao fato de que ela terminou somente agora, então somente agora seria possível realmente dar um aval completo.
Gate é intrigante, envolvente e, principalmente... Chato de ver ao começo. Pra gostar da obra, é necessário uma pequena parcela de vontade do telespectador em continuar ao próximo episódio até “engrenar”. Acho incrível como em um mundo diferente, com língua diferente, onde até mesmo os personagens falam que a língua é diferente, você, como telespectador, ouça tudo em japonês... Sério, chega a ser estúpido isso durante a obra e me pergunto de quem foi a ideia escrota. O Itami acaba sendo um personagem cômico, dando gosto das cenas onde ele aparece, e, como se não bastasse isso, acaba conseguindo pessoas para segui-lo, dentre as quais, temos a Rory. Certo, certo, temos outras personagens femininas também, mas nenhuma delas jamais será a Rory com seu discurso esplêndido do episódio 8. Nunca olhei um anime e fiquei pensando: “TOMA, TOMA, TOOOMMMAA”. Sinto vontade de rir só de lembrar. O volta do anime (parte da temporada) é tomada por um lado mais escuro da história, com acasos políticos, prostituição e escravidão, demonstrando que aquele mundo não é só as belezas de um mundo de fantasia.
O anime melhora em demasia em questão visual na segunda parte, pois, apesar de ser simplista em detalhes, diversos erros grotescos foram feitos na primeira parte, com personagem tendo simetria na linha dos olhos afetada. Apesar disso, não espere ver um deslumbre, pois o anime segue simplista, deixando alguns personagens (RORYYYY) sem aquele “brilho” em um bom desenho.
Além disso, Gate sofre com a vontade do Japão em não mais ser submisso. Vejam que o exército japonês é completamente dominante em todos os momentos, não passando por nenhum real “aperto”. Alguns dizem que falta o uso de magia na obra para tornar a vida deles mais difícil, e não digo só isso. Acredito que um dragão lendário deveria ter sido um pouco mais casca grossa. E, além disso, me pergunto onde raios um príncipe, que subjuga suas escravas ao ponto de torná-las brinquedos sexuais, consegue ser dominado mentalmente pela escrava. E só um adendo... A elfa, Tuka, mais procurou o pai durante o anime inteiro do que fez algo de realmente útil. Troféu inutilidade pra ela.
No fim, o mundo de Gate é fantasioso, tanto em eventos quanto em alguns pontos lógicos e de história. Ainda assim, a história é envolvente e com momentos de diversão, deixando uma obra que com certeza deixará saudades em ser vista semanalmente.
Nota geral: 4.25/5


God Eater
Sinopse: God Eater é a adaptação de um jogo de PSP de mesmo nome. Nele, um mundo pós apocalíptico, tomado por seres monstruosos, denominados como Aragamis, existem. Em conjunto à uma organização chamada Fenrir, Utsugi Lenka se tornará um God Eater, tendo assim a capacidade de exterminar estas criaturas.




Seguindo a explicação anterior, também temos um anime que terminou agora, mas nem mesmo começou nesta temporada. Como nem mesmo era uma nova temporada, hoje é o dia.
Animes baseados em jogos normalmente não dão certo. Essa é a premissa mais básica ao se olhar um anime. Entendam que estou diferenciando jogos comuns (Tiro, MMO, etc) e Visual Novels, já que o histórico de visual novels dando certo é diferente do histórico de jogos “comuns”. Voltando ao assunto, não costumam dar certo e é isso. Mas não costumam, não significa que não possam dar. Eis que God Eater passa a barreira do costumeiro e chega fazendo o que muitas não fazem.
A história de God Eater é bem alinhavada, com uma temática pós-apocalíptica centrada e um caos global que os leva ao clássico “matar ou viver”. Alguns personagens durante a história servem somente como apoio básico inicial e não são tão bem construídos, mas os que são bem construídos fazem você nem mesmo se importar com os outros. Até a aparição dos episódios especiais e finais, o anime é tranquilamente acima da média, com uma ótima direção ao meu gosto, mas... Os episódios finais são um jogo de tensão, emoção e ação que me deixam até agora arrepiado. Não conheço a história do jogo, mas definitivamente é muito boa no anime. Os momentos que o anime te coloca pelo lado “cientista” e te deixa entender um pouco mais de como tudo começou foram muito bem bolados, fazendo você ser levado somente à explicação, e não atropelando isso em meio as cenas de ação.
Um ponto negativo em relação à história acredito que seja o final. Haja uma segunda temporada ou não, algumas pistas são claras (certo personagem não tendo morrido), mas outras simplesmente estão ali, como o modo especial que o Lenka definitivamente despertou. Acredito veemente que a teoria final do doutor seja o que aconteceu com ele, só que de outro ponto. Enfim, o final é um blefe de poker. A questão é se servirá para permitir uma segunda temporada.
O anime possui música de fundo soberba, com início suave e aumentando o ritmo em cenas chaves. Isso falta em alguns animes, pois na maioria somente atiram a música, fazendo com que em alguns casos você fique animado, mas em outros, só sirva pra te avisar que algo vai acontecer. God Eater usa o efeito de fade de forma bela aqui, fazendo meus ouvidos somente terem a opção de apreciar a escolha.
Visualmente, o anime é bom, ninguém pode negar isso, já que o uso de filtros é no padrão ufotable. Mas, como nem tudo são flores, sempre parece faltar o uso de luz em algumas cenas. Quando vi as imagens “melhoradas” dos BD do anime, entendi o que falta. O anime foi construído com alto uso de partículas, coisa que nenhuma emissora de televisão permite abusar (isso aumenta o tamanho da fonte, fazendo necessário mais envio pelo sinal. Todas operadoras televisivas possuem um limite quanto a isso). Por conta disso, o anime da versão TV parece pecar em um bom uso de luz já que é “capado”. Acredito que a “gana” em fazer algo de melhor qualidade proporcionou uma leve queda no produto base. Mas, como animes são feitos para serem vendidos... Enfim, se não viu ainda, pegue uma versão BD para ver, será muito mais agraciado.
Nota geral: 4.5/5




Hai to Gensou no Grimgar
Sinopse: Jogados em um mundo novo e com conhecimento limitado de seus nomes e memórias praticamente nulas, um grupo de pessoas, completamente estranhos uns aos outros, só vê como destino seguir a regra do mundo em que estão, ou seja, passarem a viver caçando as ameaças que o novo mundo, Grimgar, possui.




Aqui entra o maior desafio pra mim. Falar dando ênfase precisa e também sabendo apontar os erros. Afinal, quando vi o primeiro episódio e conversei com alguns amigos, vários pontos sobre a obra foram levantados.
Ponto único e irrefutável: Hai to Gensou não é SAO. Acredito que falte um pouco de QI para as pessoas entenderem que SAO não foi a primeira obra a tratar de um garoto que vai para outro mundo. A diferença, é que ele foi parar dentro do jogo. Mas, nem todas as obras, levam o fator “jogo” tão ao ponto de um jogo. Hai to Gensou é um anime de fantasia com temáticas de RPG, somente isso. No final, existe uma diferença gigante, e, comparar as duas obras, é ofender o estilo de ambas.
Hai to Gensou foi basicamente o que falei para alguns, um slice of life RPG. O anime tem uma passada calma, tranquila e muito, mas muito, serena, o que pode deixar muitos indignados nos primeiros episódios, já que não é do gosto de grande parte. Já pra mim, esse foi o maior dos pontos da obra. Como assim? Explicar-me-ei. O anime não é um drama, sendo assim, as cenas gigantes de reflexão da obra não são para o telespectador, mas sim para os próprios personagens. A ambientação da obra é fazer o telespectador entender o que os personagens passaram. Duvida do que estou falando? Basta ver que o Manato serve como apoio para uma nova fase da obra e não para o telespectador se emocionar, até mesmo porque não houve nem tempo de vínculo suficiente para isso. Eu sinceramente dou pontos pela ousadia, mesmo isso sendo um dos encalços para o anime alcançar um público maior, já que tornou as cenas dos primeiros episódios muito arrastadas para diversas opiniões.
Visualmente, o anime é belo. Parecendo uma grande tela de pintura a óleo e só me dando a lembrança de como transformar um simples anime em uma obra de arte até nos pequenos detalhes pode ser especial. Existem sim erros bobos com simetrias corporais durante falas ou então a população completamente estática nas cidades, mas ainda assim existe uma fluidez excelente nas cenas de maior ação.
Por falar em cenas de ação, até nelas você é levado a ser exposto ao mundo de Grimgar como fantasia, não como RPG. Os monstros tem sua própria forma de agir, interagindo entre si e até mesmo tramando em como derrotar o inimigo. A primeira luta do grupo é simplesmente tentadora a melhor luta da temporada, afinal, ninguém são está simplesmente “pronto” para matar a sangue frio ou então morrer sem lutar.
Em geral, Hai to Gensou deixa um imenso aperto pela falta que fará nos meus finais de semana, mas, com certeza, correrei atrás da light novel para saber como continua.
PS.: Mary minha waifu da temporada!!!!
Nota geral: 4.75/5


Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo!
Sinopse: Satou Kazuma, um estudante hikikomori e gamer, morre ao praticar o único ato heroico de toda sua vida. No pós vida, encontra uma bela e arrogante deusa chamada Aqua, que lhe propõe a opção de ir ao paraíso ou ter uma nova vida em um mundo diferente.
Kazuma, após saber como é o verdadeiro paraíso, decide reencarnar e recebe mais uma opção, escolher o que quiser para levar consigo. O que ninguém pensava, é que ele escolheria a deusa em pessoa para levar junto em sua jornada.

Sério, eu comentei que seria uma obra divertida, disse para vários olharem... E muitos nem olharam ainda. Mas, os que olharam, só tiveram um destino...... Risadas para todos os lados.
O anime é simplesmente comédia do início ao fim, em todos os aspectos. Fica difícil até expor em palavras a forma leve como piadas estúpidas foram passadas para engraçadas e, como mesmo sem querer, você acaba se envolvendo com a história de pouco peso.
Pode até parecer bobagem dizer isso, ainda mais com o preconceito e, claro, gosto, que cada um tem, mas, definitivamente, KonoSuba merece o local como melhor anime da temporada. MESMO sendo um anime de comédia. E merece também minhas parabenizações, afinal, conseguiu fazer com que alguns nem prestassem atenção na NÍTIDA falta da calcinha da Aqua.
Fica aqui dito que o anime já possui segunda temporada confirmada, então será mais uma grande carga de risadas. Para fechar, só posso dizer que os episódios possuem fluidez e te deixam na expectativa de querer saber quando será a próxima... EXPLOSIONNNNNNNNNNNNN!!!
Nota geral: 5/5


Musaigen no Phantom World
Sinopse: Em um mundo onde ninguém sabe o motivo preciso, humanos foram acometidos com uma mudança cerebral, e agora, estes mesmos humanos, possuem a capacidade perceptiva alterada, podendo ver criaturas sobrenaturais chamadas de Phantoms. Os mais jovens também foram acometidos com poderes especiais que surtem efeitos nestes mesmos Phantoms, assim possuindo habilidades para combatê-los.



Lembro-me de estar pelo facebook e ver o PV deste anime em uma das páginas relacionadas que curto. O PV parecia empolgante, com os belos traçados da Kyoto Animation e com uma música realmente de animar “até defunto”. Doce ilusão (começo a ver o quanto tenho pensado isso nesta review)...
Musaigen teve tudo para ser um anime bonito visualmente, afinal, é Kyoto. Mas, durante os episódios, em diversos momentos, parece não ser. Parece ter faltado um pouco de Kyoto nessa Animation. Os primeiros episódios realmente são chamativos no quesito animação, mas, conforme a obra flui, erros chatos vão aparecendo, me fazendo ficar com um interesse bem maçante pela obra e por seus traçados. Erros de traçado? Alguns...  Mas os principais são o de quem pensou estar fazendo uma obra realmente agradável.
Para entender o anime, basta ver os 3 primeiros episódios e os 3 últimos. No meio, uma grande enrolação, com cenas ecchi sem graça, personagens indo para o mundo de ursinhos, viagem em ônibus phantom, e outros derivados que estão ali para atormentar a vida de quem gostaria de uma real história. O enredo não possui um propósito real... Na realidade, falando a verdade, possui. Todos os episódios possuem um motivo para acontecerem e culminarem no final, em sua última luta e como o último poder surge... Mas isso é tão mal construído e apresentado, que simplesmente não há porque assistir. Confesso que pulei diversas cenas por serem simplesmente sem propósito.
Lembram que falei da música? Acaba que ela é tão má colocada em disposição da abertura, que acabou se tornando estupidamente chata.
Espero nunca mais ter minhas expectativas tão maltratadas.
Nota geral: 1/5


Saijaku Muhai no Bahamut
Sinopse: Arcadia Lux, príncipe de um império deposto, possui habilidades de uso de uma máquina de guerra conhecida como Drag-Knight. Ao cruzar com a princesa do novo império nua, Lisesharte, Lux acaba envolvido em um duelo de Drag-Knights, onde suas habilidades são postas à prova. O que muitos não sabem, é que Lux possui um dos mais fortes Drag-Knights já vistos.



Mais um anime com aquela velha história que estamos já tão acostumados. Menino conhece menina, estudam na mesma “escola”, o lugar não é seguro, rola um clima, rola luta, termina.
Histórias são altamente voláteis e é difícil categorizar clichê e não clichê. Acho que o importante sempre é a forma como é contada a mesma história. Bahamut peca miseravelmente em todos os pontos. Seja em história, em carisma com o casal “principal”, ou então, em visual. Tudo na obra é extremamente descartável. Como se isso já não fosse o bastante, temos uma trama contada por beiradas, sem grande aprofundamento, em uma obra que claramente jamais ganhará uma nova temporada. Acho chato isso em obras desse estilo, pois eu nem perderei meu tempo querendo saber a história real.
Enfim, se puder, evite a obra, será somente uma perda do seu tempo. Se quiser ver de qualquer forma, fique de olho na relação entre Lux e Krulcifer. Ela definitivamente é o único motivo para eu não dar menos pra essa obra.
Nota geral: 1/5



Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu
Sinopse: Logo após deixar a prisão, Yotaru parte em direção de seu objetivo. Ao invés de querer voltar ao crime, ele pretende se tornar alguém que vive para o Rakugo, uma forma tradicional de leitura de histórias através de comédia. Inspirado durante sua vida aprisionado, Yotaru procura por Yuurakutei Yakumo, uma das mais ilustres figuras quando se trata de Rakugo.



Acredito que eu deva chamar de “uma obra para se contar sobre uma vida”. Essa é a impressão que me passa.
Confesso que olhar a obra te deixará meio acético, ou seja, irritado pela forma que ela é passada. Ela é lenta, ponto indiscutível. Mas, ao mesmo tempo, você tem noção de ver episódios constantes, com tensões no ponto.
Digo que o anime não é para qualquer um, já que é preciso ter um senso analítico para verificar o quanto fazer Rakugo é difícil e o que engloba ir lá e se apresentar. Não é apenas passar a história. É envolver quem a ouve. Aconselho algum fansub bom para ver, pois as legendas que vi em alguns episódios poderiam ter me enganado bastante e feito eu não achar tanta compenetração se não soubesse um básico de japonês.
No mais, depois que soube da segunda temporada, fiquei mais tranquilo no tempo gasto em algumas explicações de história, então, agora, só posso dizer que o anime cumpriu muito bem o papel para uma primeira temporada. Aconselho que tenha paciência e veja a obra, pois ela passa algo que até mesmo o próprio Japão está perdendo, que é o Rakugo. E claro, aguardo ansioso pela segunda temporada.
Nota geral: 4/5


Dropados


Active Raid
Sinopse: Exoesqueletos são usados para o bem, mas também para o mal, onde podem se tornar uma grande ameaça para a população. Sendo assim, uma divisão especial, especializada em combater estas máquinas, é formada.





Como falo toda temporada, não gosto de animes Mecha. É imperativo. Mas, ao mesmo tempo, tenho boas lembranças de algumas obras, então, quando me mostraram o trailer, pensei: “Olha, talvez me lembre alguns animes antigos, lá da minha época de infância”. Doce ilusão. A história é atropelada, com personagens sem carisma e cenas onde policiais resolvem problemas com seus mechas dançarinos (afinal, um mecha que se preste luta ferozmente. Aquilo é pra ser uma grande máquina de guerra, não um fricote). Dropado no primeiro episódio, para nunca mais ver na minha frente.


Luck & Logic
Sinopse: À beira de uma crise, mesmo após uma guerra sem precedentes, o governo acaba tendo a necessidade de trabalhar com uma força especial que pode equipar uma "Logic" e assim combater os perigos em conjunto com uma força divina.





Juro que tentei acompanhar o primeiro episódio, mas o cara com um passado de herói que deixou de ser herói por um motivo (que seria banal) e voltou a ser herói... Adicione à isso a qualidade visual de um anime da década de 90, e isso explica meu motivo para o drop no primeiro episódio. Se algum de vocês tiver visto um motivo forte para assistir mais do que isso... E, ainda mais, se teve motivo forte para chegar ao final, me conte qual foi o clichê. ^^


Divine Gate
Sinopse: Ao abrir, o Divine Gate permitiu a conexão entre diversos mundos, deixando o mundo em completo desbalanço. Com a criação de um Conselho Mundial, a paz foi restabelecida e o Divine Gate passou a ser visto como um mito.
Mas neste mesmo mundo, jovens são organizados para tentar chegar até este Divine Gate e terem seus desejos cumpridos.



O personagem se acha um emo dos anos 2000, chorando e filosofando, sendo terrivelmente chato para a obra. A passada do primeiro, do segundo, do terceiro... Enfim, de todos os episódios é extremamente lenta e sem graça, com ação praticamente nula, resolução de fatos nulas... E eu já falei que tem um emo filosofando? Pois então... Tentei acompanhar a obra, por terem me dito que era “boa”. Consegui suportar até o episódio 6, que foi quando eu falei: “Chega, cansei.”. Perdi um bom tempo acreditando que realmente seria “boa”.


Dagashi Kashi
Sinopse: No interior do Japão, a loja de doces da família Shikada sempre foi dirigida própria família. Kokonotsu pretende se tornar um mangaká e não seguir a mesma tradição.
Eis que então, Shidare Hotaru aparece em sua vida procurando pelo pai de Kokonotsu e disposta a tudo. O pai de Kokonotsu se recusa, mas abre uma exceção. Se Shidare puder convencer Kokonotsu a seguir com a loja de doces, ele mudaria de opinião.


O primeiro episódio é agradável e situacional na obra. A temática de uma loja de doces pode parecer idiota, mas dava a crer que uma boa comédia poderia sair dali. Triste engano (mais uma vez). Assisti até o episódio 4, e não há sequência alguma. Ter visto em ordem, ou ter visto o episódio 1 e só depois o 4, não mudaria nada. Isso é extremamente inconveniente.  O anime não conseguiu me tirar boas risadas, mas, infelizmente, também não é tão fácil conseguir isso. Se você gosta de desligar sua mente, apertar o play e passar o tempo quem sabe se divertindo, ou só ouvindo um diálogo sem noção em japonês, vai fundo. Já eu, pulei fora feliz.


Haruchika - Haruta to Chika wa Seishun Suru
Sinopse: Homura Chika tem um só objetivo. Tornar-se uma garota adorável em sua vida escolar. Para isso, decide entrar em um clube instrumental e tocar flauta. Neste mesmo clube, ela reencontra-se com seu amigo de infância, Kamijou Haruta, que não é facilmente enganado pela tentativa da garota em ser adorável.
Apesar disso, Chika decide continuar seu objetivo e acaba se apaixonando pelo seu professor de música, mas Haruta, seu amigo, também acaba apaixonado pelo professor.

Antes que coloquem o papo da vontade sexual do personagem... Não, não foi por esse motivo. Claro que contribuiu, mas não foi o motivo. Um anime com música, para alguém que entende, é fácil. Não tenho problemas com isso, já que não me é um ambiente estranho. Agora, quando você tenta passar a temática musical para o público, ou você faz com que seja digerível para quem não entende, ou explica levemente. Muitas pessoas olham para uma partitura, e não entendem nada. Outros, nem sabem que existem mais do que a simples Clave de Sol (aquela clave no início das linhas de uma partitura). Além da falta de empenho do anime por este lado, ele simplesmente gasta seus 3 primeiros episódios em enigmas bobos, mas sem a menor dica para que o espectador possa resolvê-los. Fazer tudo se resolver por milagre é sem graça e broxante (veja o problema, apesar de diferente, de Boku dake). Enfim, dropado no episódio 3.


Koukaku no Pandora
Sinopse: Nanakorobi Nene, uma garota robotizada mecanicamente, cruza o caminho de uma estranha mulher e sua robô. Em seu pouco tempo juntas, Nene e esta mulher formam uma relação de amizade.
Em uma explosão e, tomada por sua vontade de querer a paz mundial, Nene parte para encontrar sua amiga.




Olhei pra cima, e vi que a explicação dos dropados está gigante... Não era a ideia. Mas, esse, por sinal, é extremamente rápido, afinal, só vi o episódio 1. Qual a necessidade real de por a mão na área “genital” de um robô? CARAMBA... -.-. Não senti vontade por motivos a mais também, afinal, o enredo não parecia “empolgante”.


Shoujo-tachi wa Kouya wo Mezasu
Sinopse: Houjou Buntarou é um estudante do ensino médio com talento como escritor, mas perdido na vida, sem saber o que seguir.
Assim surge Kuroda Sayuki, decidindo fazer um jogo Bishoujo e dando um motivo para que encontros surpreendentes tomem forma.





Pensei que pelo menos iria rir com a obra, mas parece somente uma adaptação bem ruim de uma visual novel, que é a obra principal doravante. Após 4 episódios, nada acontece de substancial para prender o telespectador, e os personagens, são surpreendentemente sem graça (e olha que a menina de cabelo preto lembra muito a Kuroyukihime de Accel World; a menina de cabelo vermelho parece uma versão vagabunda da Rias).







Abertura da Temporada


Aqui cada um tem seu gosto, chega a ser complicado. Mas, depois de ganhar sua versão oficial, pra mim, a abertura de Hai to Gensou no Grimgar simplesmente conseguiu ultrapassar todas aberturas da temporada. Podemos ter cenas simplistas, sem grandes flashes, mas elas seguem a mesma proporção do anime, que é serem parte de um slice of life e reflexivas, já que a abertura possui uma dedicatória.
Se tentarem pensar um pouco, cada bolinha ao final da abertura representa um dos personagens, com uma especialmente reservada ao Manato. Claro que elas aparecem passeando pela abertura inteira, mas, no final, é o momento mais fácil de notar isso. Além disso, vejam a apresentação dos emblemas, representando o que eles eram e o que se tornaram.
A música, Knew day por (K)NoW_NAME, foi uma escolha esplêndida, com uma letra tão acalentadora, simplesmente encaixou perfeitamente em tudo que o anime e a abertura propunham. Nem sempre uma abertura cheia de cenas especiais é o que se quer, mas sim, algo que reflita tudo que uma obra tenta passar.